quarta-feira, 1 de julho de 2015

Um Pai Perfeito - Myrna Mackenzie


Charles precisa de um pai...
Alguém para levá-lo à feira cultural. Alguém que não tenha medo de monstros. Alguém que também ame sua mãe e a faça feliz. Mas não será fácil encontrar o pai perfeito. Por isso, Charles fez uma lista...
...e Nathan preenche todos os requisitos
Nathan Murphy sabia que um filho como Charles seria o orgulho de qualquer homem. E a mãe de Charles, Faith, era doce, carinhosa e irresistível. Seria a esposa perfeita... mas não para ele. Nathan não pretendia formar uma família de novo. Então, por que era tão difícil afastar-se deles?

CAPÍTULO I

Faith Reynolds verificou as horas no re­lógio de pulso. Estava atrasada para o compromisso.
Soltou ruidosamente o ar pela boca e, apertando o volante com força, pisou no acelerador, numa tentativa de recuperar o tempo perdido.
Aquele era um dia com gosto de bacon queimado. No entanto, amanhecera lindo demais. Céu azul, sol brilhante. Assim que abrira as cortinas do quarto, Faith pensara que algo de maravilhoso aconteceria num dia como aquele. Isso, porém, fora antes de Char­les, seu filho de seis anos, ter anunciado que queria dizer-lhe "algo de muito importante".
Estavam à mesa de café e Charles juntava uma colher de cereais ao leite.
— O pai de Billy Wilkins irá à feira cultural hoje — ele contou, com os olhos castanhos fixos no rosto da mãe.
De repente, o azul do céu tornou-se mais opaco, o sol menos brilhante. Faith perdeu o apetite. Afagou os cabelos despenteados do menino.
Com a colher, Charles fazia círculos na tigela para misturar o leite e os cereais.
—           Você vai, não é, mamãe? Você prometeu. Lembra-se?
Ela concordou com um gesto de cabeça, lutando contra o nó que se formara em sua garganta. O que mais de­sejava na vida, era proporcionar ao filho tudo o que ele necessitava. Mas, não tinha condições de dar-lhe tudo.
—           Poderemos convidar Mandy — ela sugeriu.
Charles largou a colher ancorada nos cereais. Remexeu-se na cadeira.
  As babás não combinam com feiras culturais — afirmou ele com ar sério. — O pai de Scott Miller irá na semana que vem.
  Entendo. E, você quer levar um pai também. É isso? — Seria melhor não ignorar a situação.
O menino não respondeu. Imóvel na cadeira, mordia o lábio, observando-a com olhos vivos, muito atento. Aquele era o momento que Faith sempre temera. O dia em que seu filho se sentiria diferente. Excluído.
—           Você acha que encontrará um pai para mim? — ele perguntou num fio de voz.
Não, Faith teve ímpetos de gritar. Um dia, você também teve um pai, mas ele não nos quis, abando­nou-nos. Não posso correr o risco de expor-nos, a você e a mim, ao mesmo tipo de mágoa e humilhação.
Claro, jamais poderia dizer tais coisas ao filho. Em­penhara-se para fazer Charles acreditar que fora muito amado. Na verdade, bem que gostaria de encontrar um pai para ele. Fora exatamente o que sempre de­sejara em criança. Um pai para ela mesma. Era hora de enfrentar os fatos. Nem todos os casamentos eram baseados em sentimentos arrebatadores. Muitas pes­soas se casavam por motivos mais práticos, como in­teresses comuns, benefícios mútuos, para garantirem um pai para seus filhos.
—           Você acha que terei um pai, mamãe? — Charles perguntou de novo.
Faith fitou-o longa e intensamente. Esquecera-se da xícara de café à sua frente.
—           Ainda não sei, Charles. Vamos ver. Olhe, prometo pensar no assunto.
Ambos se calaram, refletindo nas palavras dela. De repente, voltaram à realidade, trazidos pela fumaça e pelo inconfundível cheiro de bacon queimado. Faith levantou-se rápido, tentando salvar o que não tinha mais salvação. Charles correu para abrir a janela, mas Faith ordenou-lhe que continuasse sentado, enquanto ela cuidava de tudo.
Era, realmente, um dia com gosto de bacon quei­mado. E, a partir de então, só piorara ainda mais.

Girando o volante, Faith entrou numa alameda tor­tuosa. Depois de quinze minutos somente com arbustos e dentes-de-leão, concluiu que errara o caminho.

Estar Comigo - Maya Banks


Ter um assassino atrás dela e três homens em sua cama... Uma autora que sabe como nos agradar e subir a temperatura com uma historia cheia de suspense e erotismo faiscante.
Hutch, Cam e Sawyer eram três delinquentes juvenis quando a conheceram e fizeram amizade com a milionária, mais solitária, Regina e ela sentiu realmente amada pela primeira vez pelos três. Hoje é uma oficial de polícia e tem muito cuidado de não reatar sua relação com o quente trio, até que há uma tentativa de assassinato contra sua vida. Quando eles se apressam para protegê-la, cria-se um novo vínculo; agora tudo é mais perigoso que antes, pois há um assassino entre as sombras.


Capítulo 1

Regina fez seu carro patrulha parar do lado de fora da velha fazenda em ruínas e mandou uma mensagem por rádio de sua situação. A casa estava envolta na escuridão apesar de que alguém informou luzes no lugar abandonado. Percorreu a zona com o olhar, mas não detectou movimento.
Abriu a porta e entrou na noite. Uma sensação de inquietação se apoderou de seu estômago e, sem questionar seus instintos, solicitou reforços. Ficou de pé na porta aberta, uma mão apoiada na parte superior do carro, a outra apoiada na sua pistola. Jeremy estava há só cinco minutos e já estava a caminho de sua localização.
Um grito quebrou o silêncio. Regina pegou sua arma e começou a correr. Parou na porta, pistola no alto, e apoiou sua orelha na madeira, tratando de escutar algo. Só o zumbido das cigarras e a cacofonia das rãs na árvore ecoaram através da noite. Apertando os dentes, deu um passo atrás, pegou o trinco com uma mão e abriu a porta com a outra.
Varreu o cômodo com sua pistola, mas não viu sinais da mulher que gritou. Seus batimentos do coração aceleraram, deslizou pela parede, seus ouvidos e olhos esforçando por captar algum som ou movimento.
Esteve a ponto de tropeçar com o corpo.
Mantendo o olhar, ajoelhou lentamente, descendo a mão para segurar a mão esquerda e apalpar o pulso. O corpo ainda estava morno, mas não tinha pulso. Sua mão afastou pegajosa de sangue. Filho da puta. Ela moveu a mão a seu rádio para chamar quando sentiu outra presença. Antes que pudesse reagir, sua cabeça explodiu de dor.
Sua arma saiu voando em uma direção, e ela em outra. Aterrissou em um monte a vários pés de distância, engolindo ar em seus golpeados pulmões como um peixe fora da água. Santo inferno, com o que me bateu?
Ficou de joelhos e se equilibrou sobre sua arma. Uma larga bota se conectou com sua mandíbula, e deu um giro completo no ar, aterrissando de novo sobre seu flanco.
Lutando contra a perda dos sentidos, sacudiu a cabeça e ficou de pé. Escutou um grunhido suave e soube que bateu em sua rótula.
Sentiu fogo sobre seu couro cabeludo quando uma mão carnuda a pegou pelo cabelo e a puxou para cima. Uns dedos se envolveram ao redor de seu pulso esquerdo e o retorceram cruelmente. Ela gritou e uma vez mais se encontrou voando pelos ares. Bateu na parede e deslizou para baixo como um globo desinflado.
Onde merda está Jeremy?
Outro golpe em sua cabeça fez o mundo nebuloso ao seu redor. Abriu os olhos para ver o impreciso rosto de um homem com olhar luxurioso perto. Sua mão se fechou ao redor de seu pescoço, apertando lentamente, riscando o momento de sua morte.
―Estive te esperando, Reggie amor. É hora de você pagar.
A voz soava como um assobio em seus ouvidos. Sinistro. Cheio de uma promessa escura.
―Fazer pagar a quem? ― ela grunhiu.

Cativa da Montanha - Michelle M. Pillow

Despertando com uma ressaca em um hotel em Las Vegas, Chloe Masters, uma escritora de Nova York está dolorida após uma noite excepcional de paixão com um homem que ela vagamente se recorda. Ela logo descobre que na noite anterior discou para a suíte de hotel incorreta e Paul, seu noivo arranjado, está esperando-a freneticamente em uma sala diferente. E se isso já não é ruim o suficiente, ela se casou com o cara errado. Agora ela tem que ir atrás do misterioso homem da montanha em Montana, Everest Beaumont, e fazê-lo assinar os papéis de divórcio para que ela possa se casar com Paul e concluir os termos do testamento de seu pai.

Everest Beaumont por viver sozinho é tão áspero quanto à montanha. Mas quando uma mulher - que ele embriagadamente confundiu com uma prostituta em Vegas enviada por uma corporação para adoçar um acordo – aparece em sua porta dizendo ser sua esposa, ele fica atemorizado. A mulher pode ser sua esposa, mas ele não deve ficar com ela. Everest deve resistir aos impulsos de seu corpo e fazer o que é moralmente direito e não tocar uma mulher compromissada com outro homem.


Capítulo Um
  
     “Devon, estou aqui”. Chloe Masters olhava vagamente em torno do salão de entrada do hotel em Las Vegas. As luzes brilhavam violentamente e a encaravam através das janelas dianteiras do hotel mas ela dificilmente notou através das lentes escuras de seus óculos de sol de grife. Pela sua localização no telefone ela podia ver os pés de vários turistas passando. Ninguém que passava por ela a reconhecia como a mulher bêbada e miserável que estava agachada no canto do cubículo. “Cheguei”.
    “Por que demorou tanto? Seu voo chegou há quatro horas. Eu sei por que liguei para o aeroporto para verificar”.
    Chloe vacilou quando a voz sóbria de Devon Wentworth veio estrondosa do telefone. Devon tinha a mania de falar muito alto quando estava agitada.
    “Devon, você tem que entender. Eu queria apreciar a minha liberdade de ontem à noite”, Chloe respondeu com uma pronúncia indistintamente leve, enquanto fechava os olhos contra as luzes brilhantemente e insuportáveis que entravam pela extremidade de seus óculos. “Eu caminhei em torno dos cassinos tentando recuperar minha compostura. Você não queria que eu fizesse uma má impressão, não é?".
    “Por que, o que você está vestindo?”, a voz autoritária de Devon inquiriu nitidamente. “Por favor, diga-me que não são calças de moletom. Eu tinha medo de que você fosse fazer algo assim. Foi por isso que eu comprei para você aquele vestido branco”.
    “E o que isso importa?”, Chloe retrucou em retorno. “Eu não me importo com o que ele está vestindo”.
    “Importa porque será a sua nova vida”. Devon suavizou o tom antes de continuar. “Chloe, eu tive muita dificuldade de organizar isto para você, apesar do que poderia fazer a minha reputação se fosse descoberto. Eu seria desprezada de todas as firmas de advocacia de prestígio de Nova Iorque. Minha carreira estaria terminada. Temos que continuar. Não posso mudar o testamento do seu pai”.
    ”Eu sei, Devon. Acredite em mim, eu sei. Não seria assim se você pudesse”, Chloe inseriu. “Você é uma boa amiga”.
    ”Eu te dei todas as chances de sair disso mas você disse que estava confiante de que conseguiria suportar”. Devon suspirou com frustração. Chloe podia ouvir o som das buzinas por detrás da voz da amiga.
    “Fale para mim novamente”, Chloe pausou e tragou, “sobre ele”.