Lorde Harrison, Conde de Wrotham, é um trapaceiro que vive do prazer ao
prazer
até que numa noite, coloca os olhos sobre a irmã de seu melhor amigo.
Agora tudo o que pode fazer é pensar sobre a reservada, pudica Syrian
Blakeney.
Seus instintos sobre ela são corretos? Ela tem uma alma selvagem como a
sua, apenas esperando para ser libertada? Ou realmente é a puritana que a
sociedade acredita que seja?
Syrian Blakeney conhece a reputação do conde e não acredita que ele pode levar algo a sério, especialmente a ela. Só depois de ver o retrato que seu irmão pintou dela, revelando como o
mundo realmente a vê, parou para pensar que o conde pode ser a chave para seus
desejos secretos.
Estará sendo ela rebelde, revoltando-se contra o condenatório retrato, jogando a prudência ao vento? Ou será que deve permanecer como é, reservada e insensível como demonstrado na
pintura em tela?
Comentários da Revisora Hanne: Gostei muito deste livro, apesar da estória ser bem
simples (não tem uma trama super desenvolvida, repleta de mistérios,
segredos...), mas é bastante envolvente e tem várias cenas calientes. O mocinho
é um libertino que se apaixona perdidamente pela irmã puritana e extremamente
adequada de seu melhor amigo. O coitado pena pra conquistar a donzela!
Recomendo!!!
Comentários da Revisora France: Adorei o livro é bem curtinho, mais o desenrolar da
estória prova que realmente os opostos se atraem, o mocinho é muito audacioso e
a mocinha muito reservada, mais ele soube como remover o verniz de puritanismo
dela e mostrou a mulher que realmente ela era. Leitura aprovada.
Capítulo
Um
Herdade Caldwell, a norte de Londres, Inglaterra
Primavera 1868
—Por
favor, Thomas, se apresse! Meus braços estão cansados de ficar nesta terrível
pose! Não tenho nenhum desejo de ver meu retrato pintado de tal forma. Por que
não posso sentar-me no balanço?
Syrian
Blakeney suspirou profundamente, fingindo estar mais irritada do que realmente
estava. Amava seu caro irmão. Ele era sua única família e tutor — para não
mencionar o visconde de Caldwell.
A manhã
estava quente, e na brisa refrescante que soprava sentia-se a fragrância
floral. Thomas havia decidido que ela posaria no jardim, próximo ao muro de
pedras quebradas, no qual as rosas subiam pequenas e ordenadamente. Ele se
recusava a reparar o muro, dizendo que a natureza e o tempo o havia tornado
perfeito — e que poderia apenas almejar duplicá-lo pintando.
Não
obstante, a parede era a única coisa que não se encontrava em perfeito estado
de reparação em
Caldwell Manor. A propriedade rural era um belo paraíso,
longe de Londres, para onde Thomas frequentemente era forçado a ir em razão de
seus negócios. Thomas adorava a cidade, mas achava seu ritmo por demais
frenético para um artista que preferia se deitar e absorver todas as nuances de
uma rua, uma face, um gesto. Em mais de uma ocasião havia sido acusado de ficar
encarando as coisas por mais tempo do que deveria. Mas a franqueza de lorde Caldwell
fazia com que o perdão por suas impropriedades fosse contagioso.
Invariavelmente era perdoado.
O sol
brilhava por trás da cabeça de Syrian, à direita, cintilando sobre o impecável
coque de cachos escuros. Thomas se recusou a deixá-la usar um chapéu, dizendo
que o brilho da luz do sol em sua figura esguia perderia o destaque se
desperdiçasse tal material. Seu vestido, um simples vestido de manhã,
conservador e muito composto, era de uma bela seda azul. Tinha um pequeno
adorno em sua cintura alta e saia ampla. Um xale de linho creme cobria
modestamente seu colo, escondendo-o da vista.
Ele não
permitiu que visse o retrato até que estivesse pronto, mas ela não se importou.
A pintura era apenas para que eles passassem o tempo — ou pelo menos era por
isso que Syrian fazia. Para Thomas era muito mais. Sua arte era tudo para ele.
—Porque
quando você se mexe suas saias voam, lorde Caldwell provocou, não percebendo o
tempo que tinha passado desde seu último comentário. Estudou-a com um olhar
mais sério antes de voltar para o retrato. Syrian ficou surpresa que ele havia
lhe respondido. Quando trabalhava, envolvia-se de tal forma que por vezes
esquecia-se da presença dela. Se ela não reclamasse, ele a faria posar por
horas. Agora que pensava a respeito, de fato estava posando por horas.
As faces
de Syrian ficaram vermelhas após as palavras de Thomas. Apoiou raivosamente os
braços nos quadris, alterando a pose reservada. — Minhas saias nunca voaram uma
polegada acima de meus tornozelos, Thomas! Que coisa miserável para me dizer!
—Você é
séria demais, querida irmã, Thomas riu, empurrando para trás seus bonitos
cachos antes de virar-se novamente para a pintura. A manga de sua cara camisa
de linho havia se manchado de vermelho e marrom, mas ele não se importava.
Havia estragado mais do que sua cota de roupas com essa paixão pela arte. Para
provar o ponto, seu casaco da manhã, abandonado há mais ou menos uma hora,
estava jogado descuidadamente na grama atrás dele, ensopado em uma poça de
lama. — É precisamente por isso que eu quero que você fique exatamente nessa
pose. Poderei mostrar ao mundo justamente o quão adequada você é. Como artista,
é meu dever retratar tudo o que vejo da forma que vejo. E você, querida Syrian,
está posando exatamente como eu a vejo quando fecho meus olhos.
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