sexta-feira, 2 de outubro de 2015

Retrato de Sua Obsessao - Michelle M. Pillow


Lorde Harrison, Conde de Wrotham, é um trapaceiro que vive do prazer ao prazer
até que numa noite, coloca os olhos sobre a irmã de seu melhor amigo.
Agora tudo o que pode fazer é pensar sobre a reservada, pudica Syrian Blakeney.
Seus instintos sobre ela são corretos? Ela tem uma alma selvagem como a sua, apenas esperando para ser libertada? Ou realmente é a puritana que a sociedade acredita que seja?
Syrian Blakeney conhece a reputação do conde e não acredita que ele pode levar algo a sério, especialmente a ela. Só depois de ver o retrato que seu irmão pintou dela, revelando como o mundo realmente a vê, parou para pensar que o conde pode ser a chave para seus desejos secretos.
Estará sendo ela rebelde, revoltando-se contra o condenatório retrato, jogando a prudência ao vento? Ou será que deve permanecer como é, reservada e insensível como demonstrado na pintura em tela?

Comentários da Revisora Hanne: Gostei muito deste livro, apesar da estória ser bem simples (não tem uma trama super desenvolvida, repleta de mistérios, segredos...), mas é bastante envolvente e tem várias cenas calientes. O mocinho é um libertino que se apaixona perdidamente pela irmã puritana e extremamente adequada de seu melhor amigo. O coitado pena pra conquistar a donzela! Recomendo!!!

Comentários da Revisora France: Adorei o livro é bem curtinho, mais o desenrolar da estória prova que realmente os opostos se atraem, o mocinho é muito audacioso e a mocinha muito reservada, mais ele soube como remover o verniz de puritanismo dela e mostrou a mulher que realmente ela era. Leitura aprovada.

Capítulo Um


Herdade Caldwell, a norte de Londres, Inglaterra
Primavera 1868

—Por favor, Thomas, se apresse! Meus braços estão cansados de ficar nesta terrível pose! Não tenho nenhum desejo de ver meu retrato pintado de tal forma. Por que não posso sentar-me no balanço?
Syrian Blakeney suspirou profundamente, fingindo estar mais irritada do que realmente estava. Amava seu caro irmão. Ele era sua única família e tutor — para não mencionar o visconde de Caldwell.
A manhã estava quente, e na brisa refrescante que soprava sentia-se a fragrância floral. Thomas havia decidido que ela posaria no jardim, próximo ao muro de pedras quebradas, no qual as rosas subiam pequenas e ordenadamente. Ele se recusava a reparar o muro, dizendo que a natureza e o tempo o havia tornado perfeito — e que poderia apenas almejar duplicá-lo pintando.
Não obstante, a parede era a única coisa que não se encontrava em perfeito estado de reparação em Caldwell Manor. A propriedade rural era um belo paraíso, longe de Londres, para onde Thomas frequentemente era forçado a ir em razão de seus negócios. Thomas adorava a cidade, mas achava seu ritmo por demais frenético para um artista que preferia se deitar e absorver todas as nuances de uma rua, uma face, um gesto. Em mais de uma ocasião havia sido acusado de ficar encarando as coisas por mais tempo do que deveria. Mas a franqueza de lorde Caldwell fazia com que o perdão por suas impropriedades fosse contagioso. Invariavelmente era perdoado.
O sol brilhava por trás da cabeça de Syrian, à direita, cintilando sobre o impecável coque de cachos escuros. Thomas se recusou a deixá-la usar um chapéu, dizendo que o brilho da luz do sol em sua figura esguia perderia o destaque se desperdiçasse tal material. Seu vestido, um simples vestido de manhã, conservador e muito composto, era de uma bela seda azul. Tinha um pequeno adorno em sua cintura alta e saia ampla. Um xale de linho creme cobria modestamente seu colo, escondendo-o da vista.
Ele não permitiu que visse o retrato até que estivesse pronto, mas ela não se importou. A pintura era apenas para que eles passassem o tempo — ou pelo menos era por isso que Syrian fazia. Para Thomas era muito mais. Sua arte era tudo para ele.
—Porque quando você se mexe suas saias voam, lorde Caldwell provocou, não percebendo o tempo que tinha passado desde seu último comentário. Estudou-a com um olhar mais sério antes de voltar para o retrato. Syrian ficou surpresa que ele havia lhe respondido. Quando trabalhava, envolvia-se de tal forma que por vezes esquecia-se da presença dela. Se ela não reclamasse, ele a faria posar por horas. Agora que pensava a respeito, de fato estava posando por horas.
As faces de Syrian ficaram vermelhas após as palavras de Thomas. Apoiou raivosamente os braços nos quadris, alterando a pose reservada. — Minhas saias nunca voaram uma polegada acima de meus tornozelos, Thomas! Que coisa miserável para me dizer!
—Você é séria demais, querida irmã, Thomas riu, empurrando para trás seus bonitos cachos antes de virar-se novamente para a pintura. A manga de sua cara camisa de linho havia se manchado de vermelho e marrom, mas ele não se importava. Havia estragado mais do que sua cota de roupas com essa paixão pela arte. Para provar o ponto, seu casaco da manhã, abandonado há mais ou menos uma hora, estava jogado descuidadamente na grama atrás dele, ensopado em uma poça de lama. — É precisamente por isso que eu quero que você fique exatamente nessa pose. Poderei mostrar ao mundo justamente o quão adequada você é. Como artista, é meu dever retratar tudo o que vejo da forma que vejo. E você, querida Syrian, está posando exatamente como eu a vejo quando fecho meus olhos.

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