Michael coloca Rachel, nua, sobre
a cama. Depois permanece em pé, imóvel, admirando-a. Deixa que ela também sinta
prazer com a visão de seu corpo nu, másculo, viril, de homem ansioso por uma
noite de amor e prazer.
A evidente paixão que ele
demonstra sentir por ela deixa Rachel deliciada e queimando de desejo.
Incontrolavelmente!
Mas a presença ainda palpável de
um triste acontecimento do passado continua sendo um obstáculo para a
realização de seus mais íntimos sonhos sensuais.
CAPÍTULO I
Rachel
Walsh, escritora de peças teatrais, ficou parada na frente da porta principal
do Teatro Regent, indecisa, procurando coragem para entrar. Observou, ao lado
das escadarias, os cartazes anunciando a grandiosa noite de gala com a estréia
da peça Quando as rosas morrem, que
reinauguraria o antigo teatro após a grande reforma por que passara.
O
vento frio que soprava forte soltava-lhe mechas dos cabelos ruivos que estavam
presos num coque à altura da nuca. Ergueu a gola do casaco, pois era muito
sensível à baixa temperatura, já que estava acostumada ao calor intenso que
fazia em Phoenix, Arizona, onde atualmente morava.
Duas
mulheres que passavam pela rua pararam ao ver os cartazes. Instintivamente,
Rachel recuou alguns passos, não podendo deixar de ouvir o que elas falavam:
— Eu
li no jornal que esta é a primeira peça que Rachel Walsh escreve depois do
acidente — disse uma delas.
— Ouvi
falar, lá no escritório, que nesta peça ela revela tudo o que aconteceu com
Richard Cole...
— Parece
que não será encenada nos Estados Unidos. Acho que é porque envolve a morte
dele!
— Ah,
ele era ótimo! Eu o vi uma vez, quando estava dirigindo uma peça aqui no West
End. Foi mesmo uma pena ter morrido daquele jeito.
Rachel
interessou-se em escutar o que elas diziam.
— Dizem
que nos últimos tempos ele bebia muito e era viciado em drogas. Essa gente de
teatro... — A voz fina foi abaixando o tom, para reforçar o que estava dizendo.
— Falam que Rachel Walsh foi a culpada de tudo.
— Segundo
algumas revistas, antes de conhecer a escritora, ele era um homem alegre e
cheio de vida; depois de conhecê-la sua maneira de viver mudou completamente.
Ele tornou-se um homem de humor instável.
Depois
de alguns momentos de silêncio, a voz esganiçada voltou a soar:
— Quando
as rosas morrem — disse a estranha, pensativa. —
Que título engraçado! Deve haver algum significado mais profundo.
— Estranho
que tenham escolhido uma peça americana para reabrir o Teatro Regent.
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