segunda-feira, 15 de junho de 2015

Cenário de Uma Paixão - Erin Ross

Michael coloca Rachel, nua, sobre a cama. Depois permanece em pé, imóvel, admirando-a. Deixa que ela também sinta prazer com a visão de seu corpo nu, másculo, viril, de homem ansioso por uma noite de amor e prazer.
A evidente paixão que ele demonstra sentir por ela deixa Rachel deliciada e queimando de desejo. Incontrolavelmente!

Mas a presença ainda palpável de um triste acontecimento do passado continua sendo um obstáculo para a realização de seus mais íntimos sonhos sensuais.

CAPÍTULO I

Rachel Walsh, escritora de peças teatrais, ficou parada na frente da porta principal do Teatro Regent, indecisa, procurando coragem para entrar. Observou, ao lado das escadarias, os cartazes anunciando a grandiosa noite de gala com a estréia da peça Quando as rosas morrem, que reinauguraria o antigo teatro após a grande reforma por que passara.
O vento frio que soprava forte soltava-lhe mechas dos cabelos ruivos que estavam presos num coque à altura da nuca. Ergueu a gola do casaco, pois era muito sensível à baixa temperatura, já que estava acostumada ao calor intenso que fazia em Phoenix, Arizona, onde atualmente morava.
Duas mulheres que passavam pela rua pararam ao ver os cartazes. Instintivamente, Rachel recuou alguns passos, não podendo deixar de ouvir o que elas falavam:
Eu li no jornal que esta é a primeira peça que Rachel Walsh escreve depois do acidente — disse uma delas.
Ouvi falar, lá no escritório, que nesta peça ela revela tudo o que aconteceu com Richard Cole...
Parece que não será encenada nos Estados Unidos. Acho que é porque envolve a morte dele!
Ah, ele era ótimo! Eu o vi uma vez, quando estava dirigindo uma peça aqui no West End. Foi mesmo uma pena ter morrido daquele jeito.
Rachel interessou-se em escutar o que elas diziam.
Dizem que nos últimos tempos ele bebia muito e era viciado em drogas. Essa gente de teatro... — A voz fina foi abaixando o tom, para reforçar o que estava dizendo. — Falam que Rachel Walsh foi a culpada de tudo.
Segundo algumas revistas, antes de conhecer a escritora, ele era um homem alegre e cheio de vida; depois de conhecê-la sua maneira de viver mudou completamente. Ele tornou-se um homem de humor instável.
Depois de alguns momentos de silêncio, a voz esganiçada voltou a soar:
Quando as rosas morrem — disse a estranha, pensativa. — Que título engraçado! Deve haver algum significado mais profundo.
Estranho que tenham escolhido uma peça americana para reabrir o Teatro Regent.





Nenhum comentário:

Postar um comentário

Temos lido e assistido vários blogs se fechando, por isso, retiramos os links de download, então caso queiram qualquer um dos livros postados, por favor comentar que teremos o prazer de enviar. Assim evitamos de perder o Blog.