Primeira parada: Taj Mahal
Decidida a superar a traição de seu marido e a recuperar a autoestima para ser
novamente uma mulher forte, Tamara Rayne partiu para a Índia com a proposta de fazer a grande viagem de sua vida.
O amor não estava em seu roteiro, por isso não se empolgou quando Ethan Brooks, uma paixão do passado, surgiu de surpresa...
Próxima parada: Um pedido de casamento?
Ousado e empreendedor, Ethan desejou
Tamara desde a primeira vez em que a viu. E sob os raios do sol indiano, ele
decidiu que já havia esperado por tempo demais...
CAPÍTULO UM
Os toc-toc impacientes
dos saltos altos de Tamara Rayne ressoavam nos paralelepípedos a caminho do Ambrosia, o mais famoso restaurante
de Melbourne, onde ela tentava colocar a vida novamente em ordem. Carregava vários pacotes pesados e estava sem guarda-chuva. Um
cavaleiro mítico, numa armadura brilhante, viria bem a calhar.
Tamara acreditou que Richard fosse seu herói,
como se enganara... Contendo as lágrimas,
empurrou a porta do Ambrosia com o traseiro e quase bateu no cavaleiro ali a
postos. Mais parecia um pirata, apesar do terno feito sob medida, com o cabelo
escuro e molhado de chuva, puxado para trás,
seus olhos azuis malandros e o sorriso diabólico.
— Quer uma mão?
Definitivamente diabólico e acostumado a causar um profundo efeito nas
mulheres, isso se a presença constante delas na
vida de Ethan Brooks servisse de indício.
— Você voltou.
— Sentiu minha falta?
— De maneira nenhuma.
Não teve intenção
de parecer tão fria, mas não
entendia o motivo de tanta intimidade, afinal, mal o conhecia, pois o viu
apenas três vezes no último
ano, e mesmo assim, por necessidade...
— Que pena. — Ele deu
de ombros, ampliando ainda mais o sorriso maroto ao apontar para o pacote em
seus braços. — Precisa de ajuda para carregar esse peso?
Contendo a vontade de
pegar suas coisas e sair correndo, ela assentiu.
— Obrigada.
— O que tem aqui
dentro? — perguntou ele. — Tijolos para o novo forno tandoor que
encomendei?
— É quase tão
pesado quanto — respondeu ela, engolindo em seco.
Sua mãe sempre lamentara a perda de seu forno tandoor, em Goa.
Sentia muita falta da terra natal, apesar de ter vivido os últimos 30 anos de sua vida em Melbourne. Por isso
planejaram aquela viagem. Seria uma verdadeira volta no tempo para a sua mãe e uma oportunidade de Tamara estabelecer um contato
mais direto com a cultura que nem chegaram mesmo a conhecer, apesar do sangue
indiano que corria em suas veias.
Por causa de Richard,
porém, a viagem jamais acontecera, e, embora já houvessem se passado três anos desde a morte de sua mãe
e ela já tivesse superado o período de luto, Tam jamais o perdoaria por ter lhe roubado essa preciosa
experiência.
E estava precisando da
mãe mais do que nunca, sentia terrivelmente sua falta.
Khushi era a sua única amiga, a única pessoa a quem poderia confiar toda a verdade a
respeito de Richard e que a teria ajudado a recuperar a sua identidade, a sua
vida. Os olhos se encheram de lágrimas e ela desviou
deliberadamente o olhar.
— Pode pegá-los para mim? Meus braços estão me matando.
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