Determinada a fazer Vênus habitável para os humanos, uma aeronave de
cientistas aterra no velado planeta para trabalhar. Uma inesperada queda separa
à tripulação, deixando Amelia sozinha com Mike e Sabre. Estranhas coisas estão
passando na biosfera, um fenômeno original, primitivo que não só afeta os
organismos de Vênus, mas também a seus três habitantes humanos. A necessidade
de acasalar, de ser impregnada, curva Amelia, e o desejo de ser o que a
impregna prepondera a ambos os homens. Mike. Sabre. Dois varões apaixonados à
sua vista. Mas como com qualquer outra espécie animal, só um homem pode ser o
macho alfa.
Prólogo
Vênus
2245
—Que
infernos é isto?
Perdemos estabilidade, comandante. O controle
de posição se foi e o radar está desligado.
—A direção
se foi ao inferno. —O comandante Sabre Madison lutava contra a resistência da
coluna de direção manual, suas mãos agarravam o volante enquanto brigava com a
turbulência que ameaçava destroçando a pequena lançadeira.
—Estamos nos
esquentando!, —Gritou furiosamente o major Mike Tennison enquanto lutava por
restaurar os sistemas eletrônicos. —Controle. Controle. Daqui East Eden. Daqui
East Eden. Perdemos a totalidade do sistema. Repito, perda total do sistema.
Respondeu a
estática
—Não temos
comunicação, comandante—ladrou Tennison enquanto a lançadeira continuava com
sua queda do céu.
O ar dentro
da pequena nave se estava esquentando, o suor cobria seus corpos em um intento
de lhes baixar a temperatura. O comandante Madison estava lutando com a
direção, atirando do volante dentro e fora, enquanto tentava elevar o focinho e
ativar o sistema de emergência.
Amelia
Collins estava sentada atrás do co-piloto, fortemente atada a seu assento, seus
olhos permaneciam fixos no comandante que lutava contra o volante. O desespero
encheu a cabine quando caíram do céu, a gravidade agarrou a nave e atirou dela
com uma enorme velocidade para o planeta que lhes esperava abaixo.
—Só um pouco
mais—A voz de Sabre era tensa, os músculos de seus braços se avultaram tão
suspensórios que rasgaram a camisa ao redor quando tentou atirar do volante
para trás. —Quase estamos.
O sistema de
vôo de emergência era mesmo para isso. Requeria a falha completa de todos os
sistemas de bordo, o qual significava a direção. Atirar manualmente da coluna
era impossível quando os sistemas eletrônicos tivessem falhado. Alguém,
evidentemente, tinha cometido um engano, porque cada luz e interruptor dos
consoles do piloto e do co-piloto estavam às escuras e o ar dentro da nave era
cada vez mais escasso.
—Vamos!—A
euforia encheu a escura voz quando a coluna se fixou em seu lugar e a energia
de emergência piscou na cabine.
A lançadeira
se sacudiu, dando inclinações bruscas, a força se interrompeu dramaticamente
quando os estabilizadores de emergência começaram a retirar-se e se fixaram em
seu lugar. A nave gemeu em protesto quando a direção trocou, lutando por elevar
o focinho, para reduzir a velocidade e dirigir-se tranqüilamente à superfície
mais que ser jogados sobre ela.
—Controle.
Controle. Temos uma falha total do sistema. Está aí, controle?—Tennison
continuava com sua chamada à estação espacial enquanto lutava por restabelecer
manualmente o oxigênio e tentava que o radar voltasse a conectar-se. —Demônios, Sabre, onde diabos estamos?
As nuvens
que lhes cobriam estavam esclarecendo-se, mas ainda assim não havia maneira de
dizer exatamente quanto se afastaram do rumo projetado. O radar se danificou e
o GPS estava em silêncio.
—Estamos
saindo das nuvens que nos cobriam. Merda. Temos o oceano debaixo—Sabre estava
lutando com a direção para trocar o rumo da nave, esperando encontrar terra. Se
chocavam contra o oceano não havia esperança de recuperar as comunicações a
bordo ou sua conexão com controle. A missão se considerou tão perfeitamente
segura que nos pacotes de sobrevivência só se incluiu o equipamento básico.
—Estamos
girando. Estamos girando—Gritou Sabre quando Amelia notou a mudança de
direção—Temos uma pista potencial para aterrar às três em ponto. Dirijo-me para
ela.
Amanda não
tinha nem ideia de como conseguiu lutar com o sistema manual para trocá-lo das
doze às três. A lançadeira girou, embora assombrosamente, descendeu sem ajuda
do sistema, com velocidade, com um pouco de sorte ao menos sobreviveriam.
—Vamos aterrar!—gritou
Sabre sobre o som da nave—Preparem-se e esperem o impacto.
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